quinta-feira, 28 de julho de 2016

Vendas de vinil voltaram com força e estão crescendo cerca de 20% ao ano A previsão de uma fábrica de vinil no Rio é encerrar este ano de 2016 com cerca de 20% de aumento na produção, ou seja, 150 mil discos fabricados.

Não há motivos econômicos determinantes para a volta em grande estilo dos discos de vinil. Nostalgia não tem preço.
Lulu Santos, Paralamas do Sucesso, Diana Ross, Lionel Ritchie. Esses são artistas que estampam discos que o repórter Phelipe Siani herdou do avô, que achava que esse acervo histórico da música ia sumir completamente do mercado. Ele se achava um saudosista por isso. Só que, em 2016, os vinis estão super na moda e o motivo é surpreendente.
Porque muitas das máquinas antigas de vinil estão voltando a funcionar. Algumas, por exemplo, são de 1954. Eram da Continental, a empresa que fabricava, por exemplo, os discos do grupo Secos & Molhados, de 1973. Essas máquinas foram compradas em um ferro-velho, quer dizer, tiveram que ser modernizadas.
Mas como a gente está em 2016, as prensas da década de 1950 tiveram que ser modernizadas e aí elas acabaram ganhando painel de controle digital que vai fazer com que todo o processo seja muito mais preciso. Deve ter dado muito trabalho pra colocar essas prensas para funcionar desse jeito, né?
"Bastante. Por um ano e meio nós reformamos ela para que tudo isso aconteça para ter um disco de qualidade. Praticamente nós usamos só a carcaça dela. O resto foi totalmente desenvolvido novamente", conta o técnico Luiz Bueno.
E tem disco que é fabricado no Brasil, em uma outra fábrica. Quando a fábrica de São Paulo ficar pronta com todas as sete prensas, ela vai ter capacidade de produzir mais de 10 mil discos por dia. Isso é mais do que é produzido na única fábrica que existe no Rio de Janeiro.
Depois de prensado, o vinil vai para um aparelho onde a bordas é cortada. Esse equipamento que existe no Rio é de 1979. Como essa máquina, existem outras quatro na mesma fábrica. Todas semi-automáticas, ou seja, quem dita o ritmo é o ser humano, é o operador.
No Brasil, foram fabricados em 2014 102 mil discos. Todos saíram da fábrica do Rio de Janeiro. Em 2015, no ano seguinte, foram 123 mil discos. A previsão dessa fábrica é encerrar este ano de 2016 com uns 20% de aumento na produção, ou seja, 150 mil discos fabricados.
E essa história de disco de vinil voltando à moda não é exclusividade só nossa. Na Inglaterra, por exemplo, as vendas desse tipo de mídia só aumentam, na contramão das quedas nas vendas de CDs. Um grande exemplo de tudo isso é o que está sendo feito nos estúdios que ficam perto da faixa de pedestres mais famosa do mundo.
No Reino Unido, os vinis atropelaram velhas marcas. No ano passado, esse "boom" ficou evidente: as vendas ultrapassaram a dois milhões de cópias de LPs, o que não acontecia há 21 anos. A prova de que isso não é passageiro está nos próprios estúdios de Abbey Road.
O lendário Abbey Road agora trabalha com uma nova tecnologia de remasterização de LPs. A promessa para os clientes é libertar aqueles graves e agudos da gravação que nunca foram fielmente reproduzidos. Abbey Road Studios começa com seis clássicos, incluindo "Exile on Main Street", dos Rolling Stones, e depois vai expandir a produção. Investimento em um setor dado como morto. O mundo dá mesmo voltas.
As grandes lojas também já mergulharam de volta nesse mercado. Não é só uma coisa retrita a um nicho. Existe muito espaço para as bolachonas. A explicação está nos números: nos Estados Unidos, por exemplo, o maior consumidor de música do mundo, o vinil ainda vende menos que o CD, mas rende mais dinheiro para as gravadadoras do que as músicas compradas pela internet, que a gente ouve no computador ou no celular.
Os números do vinil estão melhorando ano a ano e o faturamento já se aproxima dos valores de 1988, quando o CD era a novidade. No Brasil não é diferente porque tem muita gente apaixonada pelas bolachonas.
"Você vê o vinil tocar, pode movimentar. mexer no encarte, na disposição. Para mim é uma coisa mais quente, uma coisa que dá mais entusiasmo do que o próprio CD", diz Marco Aurélio da Silva, administrador de rede.
Paixão pelo entusiasmo e pela possibilidade de romantismo. "Você está em um romantismo e aí você quer ouvir uma música 'opa, deixa eu ir lá colocar uma música praquela preta, lá. pra mina ouvir'. Você pega o vinil, deixa ele bem bonitinho para colocar na bolacha, arruma também um vinho, liga pra mina e vai. É o 'crima'. Nossa, essa aí vc acertou bem no meu coração", define Nego Chique, produtor musical.
É...vai ver que todo esse sucesso vem do tal clima que só o vinil dá.
 
by 
Phelipe Siani / Marina Araújo / Pedro Vedova

Selo 180 Gramas Passa a Integrar o Catálogo Bilesky Discos!

Recentemente a Bilesky Discos adquiriu o catálogo de Lps, Cassetes e CDs produzidos pelo selo nacional 180 gramas, cujo o foco principal é levar a música a alta fidelidade. São itens de artistas consagrados, bandas esquecidas pelo tempo e também de muitos artistas da nova geração. Vale a pena conferir que é um catálogo bastante diversificado e com muitas boas novidades. Confiram alguns itens:

terno-novo-lacrado-354711-MLB20613411680_032016-FLp – O Terno
O Terno é um power-trio de canção-rocknroll-pop-experimental de São Paulo-SP formado por Tim Bernardes (Guitarra e Voz), Guilherme d’Almeida (Baixo) e Biel Basile (Bateria). O grupo chama atenção por sua estética autoral, mesclando com originalidade influências e timbres sessentistas e contemporâneos que dão cor às interessantes composições da banda.
O álbum “O Terno” consolidou uma estética e sonoridade que a banda vinha esboçando. Num repertório autoral de 12 músicas, cada uma com seu universo próprio de clima e composição o disco foi também muito bem recebido pela crítica (saindo novamente entre os 15 melhores do ano na revista Rolling Stone e muitas outras listas no Brasil e América Latina) e público. Confira mais sobre a banda: Site O Terno.  Adquira o Lp.

galaxies-novo-lacrado-mono-469611-MLB20613412264_032016-F Lp The Galaxies
Dentre todos os discos brasileiros que estão sendo resgatados nos últimos anos com novas prensagens em vinil, talvez nenhum LP seja tão raro quanto o da banda The Galaxies. Lançado originalmente em 1968, o álbum é um dos mais procurados por colecionadores de psicodelia sessentista em todo o mundo.
O The Galaxies surgiu no circuito do rock de garagem paulista da década de 1960 com uma formação singular: os brasileiros Zeca de Aquino (bateria) e Alcindo Maciel (baixo), a americana Jocelyn Anne Odams (vocal e maracas) e o inglês David Charles Odams (guitarra e vocal).

lp-disco-de-vinil-gross-use-o-assento-para-flutuar-duplo-novo-lacrado Lp Gross – Use o Assento Para Flutuar
O álbum é uma coleção incrível de 12 composições ganchudas do mais puro rock’n’roll clássico.
A versão de luxo em vinil duplo de Use o assento para flutuar foi lançada pelo Selo 180 em fevereiro.
A revista Rolling Stone, em um balanço do primeiro semestre de 2014, colocou Use o assento para flutuar em 7ª lugar numa lista de 15 discos nacionais “que você precisa ouvir”. Adquira aqui o Lp.

lp-disco-de-vinil-gepetos-almas-brasucas-tudo-la-novo-bileskyLp Gepetos Almas Brazucas – Tudo Lá
Grupo fortemente influenciado pelo rock brasileiro da década de 70, mesclando doses de psicodelia, progressivo e MPB com temas folclóricos.
O conteúdo das letras são baseadas filosoficamente em alguns pensadores, sociólogos e poetas dentre eles: Platão, Aristóteles, Kant , Hegel, Alvares Azevedo, Cruz e Souza Krisnamurdi, Peter Joseph e David Icke. Trazendo em si os temas sobre as inquietações que o ser humano passa ao decorrer de sua vida. Adquira aqui o Lp.

Variantes-Tudo-Acontece-LP Lp e CD Variantes – Tudo Acontece
Tudo Acontece é o primeiro título na discografia dos Variantes a ganhar uma edição em vinil. O disco de 10 polegadas (um tamanho intermediário entre um compacto de 7″ e um LP de 12″) foi fabricado no Leste Europeu com tecnologia DMM, garantindo a mais alta fidelidade de som.
O álbum ganhou uma masterização exclusiva para a versão analógica, feita por Thomas Dreher, o que garante um som realmente distinto das versões digitais, tanto em CD quanto das plataformas digitais. O material gráfico é semelhante ao do CD, que já havia sido produzido em formato “mini LP”, para que ambos lançamentos físicos tivessem a mesma identidade visual.
Não é novidade: discos de vinil estão voltando a assumir protagonismo no mercado fonográfico há alguns anos. E não apenas novas bandas e artistas estão se beneficiando desse fenômeno. Na realidade, os dois LPs de rock mais vendidos em 2015 foram lançados há mais de quatro décadas.
O clássico Dark Side Of The Moon, do Pink Floyd, foi adquirido por 50 mil pessoas no ano passado. As vendas colocaram o álbum, que saiu originalmente em 1973, como o quarto LP mais vendido em 2015. Muito próximo, o Abbey Road, dos Beatles, fechou o ano com 49.800 cópias vendidas.
O álbum AM, do Arctic Monkeys, é o disco de rock contemporâneo com números mais expressivos: 48 mil cópias foram compradas no mesmo período. O vinil, entretanto, chegou às prateleiras em 2013. Dos trabalhos lançados em 2015, Carrie & Lowell, do Sufjan Stevens e Sound & Color, do Alabama Shakes venderam, respectivamente, 44.900 e 44.600 cópias.
No topo da lista, 25, da britânica Adele, com 116 mil cópias adquiridas. Taylor Swift ficou com a segunda posição, com 74 mil unidades comercializadas de seu disco 1989.
No geral, as vendas de vinil subiram 30% em comparação com 2014 e representaram um total de 9% das vendas totais de álbuns físicos no ano passado.
Abaixo, a lista completa dos 10 LPs mais vendidos em 2015.
01. Adele – 25 (116,000)
02. Taylor Swift – 1989 (74,000)
03. Pink Floyd – The Dark Side of the Moon (50,000)
04. The Beatles – Abbey Road (49,800)
05. Miles Davis – Kind of Blue (49,000)
06. Arctic Monkeys – AM (48,000)
07. Sufjan Stevens – Carrie & Lowell (44,900)
08. Alabama Shakes – Sound & Color (44,600)
09. Hozier – Hozier (43,000)
10. Guardians of the Galaxy OST (43,000)
Fonte: Consequence Of Sound

rita lee cantado "Every Breath You Take" de Sting by Henrique Müller ...

Rita Lee


A Rainha do Rock brasileiro é a cantora que mais vendeu discos na história da música brasileira, com mais de 65 milhões de cópias. Rita Lee, nasceu em São Paulo em 31 de dezembro de 1947, sim ela está mais inteira que muitas de nós. Ex integrante d’Os Mutantes e Tutti Frutti, começou com rock, mas com o o decorrer das décadas passou por vários gêneros como o tropicalismo, pop rock e a música latina.

Rita começou a tocar guitarra aos 15 anos, e desde sempre teve seu estilo próprio e personalidade. A ”ovelha negra” da família e da sociedade. Sempre expressou em suas músicas seus sentimentos e momentos de sua vida como em ”Ando meio desligado”, música feita com Os Mutantes e ”A reza”,   lançada em 2012.

Rita Lee seguia a moda de acordo com a época em que viva, mas isso não significa que ela era uma escrava da moda. Pelo contrário, o estilo de Rita muda sempre de acordo com seus sentimentos, mas sua personalidade continua intacta. Sem mulheres fortes e com personalidade, o que seria da moda hoje em dia ? Rita Lee ajudou a construir a moda.


A rainha que foi do glam ao hippie, nunca foi nenhum padrão de beleza. Mas quem disse que pra ser uma cantora com uma personalidade forte tem que ser o padrão. Afinal, ”meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem”, minha música preferida de Rita Lee, Pagu.





Suas músicas regadas de uma ironia ácida e com uma reivindicação da independência feminina como os rits ”Ovelha Negra”, ”Lança Perfume”, ”Agora só Falta Você”, ”Esse tal de Roque Enrow”, ”Desculpa o Auê” etc.

Quadro de Leonard Nimoy pintado por Rita Leequadro pintado por Rita Lee